domingo, 3 de agosto de 2014

Pós Au Pair...

Olá!!
Quanto tempo, em?!
Pois é... meu ultimo post foi em Abril, isso significa que meu programa de Au Pair acabou a 4 meses atrás... e eu nem vim aqui para contar o que tem acontecido no meu pós Au Pair Program. 
Vou fazer um resumão de tudo, porque, na verdade, hoje eu quero escrever sobre algumas coisas que eu observei durante esses dois anos e também sobre os erros que eu vejo várias meninas cometerem over and over e que levam ao processo de rematch. 


Resumo do meu pós Au Pair:

Vou resumir isso em "Expectativa (do que iria acontecer) e Realidade (de como realmente aconteceu)", acho que é o jeito mais fácil. 

Expectativa: 
Como eu havia comentado aqui, as expectativas para o meu pós Au Pair eram: trocar visto para estudante, ter a host family como sponser, entrar no programa de Tradução e Interpretação, continuar trabalhando e morando com eles até me formar e, depois, tentar um visto de trabalho ou, até mesmo, me casar com meu namorado, pois, segundo ele, após dois anos de relacionamento, esse seria o passo mais racional de se dar. 

Realidade: 
Comecei a correr atrás da papelada, escolhi a faculdade que eu queria cursar, fui aceita no programa, estava com a papelada toda certa para dar entrada para o visto, só faltava a assinatura da minha host family e a prova de que eles tinham $24k em uma conta bancária para me bancar. Como sempre, minha host estava demorando para me entregar isso. Ela sempre foi enrolada e muito ocupada, por isso não me preocupei. 
Um mês antes do meu visto vencer, a faculdade me cobrando a papelada para eles aplicarem para o visto, recebo uma ligação da minha host que mudou tudo. 
Ela começou perguntando se eu já tinha aplicado para o visto, e eu disse que não, porque eu precisava da papelada da parte dela (que BTW, eu já estava esperando por mais de 2 semanas). Após um pedido de desculpa pela demora, ela começou falando que ela não tinha conseguido colocar a kid mais nova na escola todos os dias no fall 2014 e isso significava que os horários que ela ia precisar de childcare eram os horários que eu estaria estudando, sendo assim, eles iam ter que contratar alguêm para cobrir a parte da manhã e como resultado disso, eu não ia consegueria trabalhar a quantidade de horas/semana necessárias para pagar pelos meus estudos. Nessa parte da conversa eu já estava praticamente infartando. Não conseguia acreditar que isso estava acontecendo. Como assim ela tinha demorado tanto tempo para me contar isso?! Como ela pode ficar falando por meses que estava tudo certo?! Eles me ofereceram essa oportunidade 6 meses antes do meu segundo ano acabar. Ela teve tempo de correr atrás disso só no ultimo minuto?! 
Como solução para esse problema ela me disse para trocar o visto para turista e depois de 6 meses trocar o visto de novo para estudante. Com isso ela ia ter tempo para colocar a menina na escola todos os dias, eu ia ter 6 meses para juntar grana e no final tudo ia dar certo. 
Otimo plano se não faltasse só um mês para meu DS vencer. Entrei em pânico e a primeira coisa que eu fiz foi correr para o computador e ver o que eu tinha que fazer para conseguir o visto de turista. 
Durante minha pesquisa e tudo que eu li online, tudo me mostrava que eu não tinha grandes chances de conseguir o visto. Já tinha se passado mais de 45 dias antes do meu DS vencer, eu já estava aqui a quase dois anos, eu não tinha nada no Brasil que provava que eu tinha fortes razões para voltar no final do meu visto, não tinha passagem de volta comprada, não tinha $10k em uma conta bancária (para provar que eu não ia trabalhar para ficar aqui), etc. MEU MUNDO CAIU. Liguei para o meu namorado para contar o que estava acontecendo... e também para prepara-lo para o fato de que provavelmente eu estaria indo embora em um mês. Ele foi um fofo e me acalmou e disso que nós iriamos dar um jeito nessa situação. 
Naquele momento, a idéia de deixar para trás o melhor homem (tirando meu pai) que eu já tive em minha vida, doía mais do que qualquer coisa. Uma dor ardida e constante.  
Mas no final nós realmente passamos por cima disso. 
Após esgotar-se todas as possibilidades que eu poderia fazer para conseguir ficar aqui, muitas conversas sérias e noites sem dormir, meu principe me pediu em casamento. 
Dia 12 de abril eu disse sim para o homem da minha vida. E hoje moro em uma cidade a mais ou menos uma hora de distância de onde eu morava antes, em um apartamento fofo, somos pais de duas gatinhas lindas e eu nunca imaginei que a vida poderia ser tão maravilhosa como é agora. 
Estamos ainda no processo de preencher e coletar a papelada e documentos para o meu Green Card e, após isso, talvez eu tente entrar para a Aeronautica para poder começar uma carreira de verdade aqui. 

Hoje eu realmente acredito que há males que vem para bem. Se minha host nunca tivesse mudado de ideia no ultimo momento, eu não estaria casada com o amor da minha vida e eu, provavelmente, não estaria tÃo feliz como hoje. Deus escreve certo, por linhas tortas. 




Após esses dois anos de Au Pair, consegui aprender muito e, também, consegui analisar quais alguns dos principais erros que as meninas cometem e que levam a uma experiência ruim e/ou rematch. 

Esse programa não é fácil, porém, muitas vezes fazemos certas coisas ou tomamos certas decisões que fazem com que o programa se torne em uma experiência infernal. 

Vou tentar colocar aqui, em fomar de lista, alguns dos problemas que eu mesma cometi e que vi muitas meninas cometendo. Espero ajudar um pouco. Esses erros são cometidos desde meninas que ainda estão no Brasil até meninas que já estão aqui. 
Vamos lá... 

Erro número 1: 

Mentir no Application e nas entrevistas.

Esse erro é muito comum e, muitas vezes, parece inofencivo. MAS NÃO É!

EXEMPLO:
Quando você fala que você sabe cozinhar no seu app ou na entrevista (mesmo não sabendo nem ferver água... mas você fala que sim porque uma outra au pair disse que, aqui cozinhar é só colocar uma comida congelada no microondas), e isso é uma coisa que a sua HF espera que você faça (cozinhar de verdade), eles vão criar uma expectativa a respeito disso, eles vão cobrar isso e quando a verdade realmente aparece, uma das necessidades da familia não estará sendo coberta e isso pode ser um grande problema. 
Esse exemplo pode ser aplicado para: Mentir sobre o tipo de experiência que você tem com as crianças, se você realmente é boa dirigindo, cozinhando,fazendo landry, cuidando de infants ou special needs, se você gosta de pets ou não, e assim vai... 
É muito fácil conseguir falsos dados para o app e entrevistas (eu mesma consegui algumas horas a mais para o meu app sem fazer esforço nenhum), porém, você tem que sempre lembrar que o app e as entrevistas são apenas os primeiros passos para o próximo um ou dois anos, e que, você vai ter que superar as expectativas que você mesma/o criou para a sua HF. 

Erro número 2:

Ter medo de não ter um match e, sem pensar nas consequências, aceitar coisas que não te fará feliz. 

Esse é um erro que todos os dias vejo acontecendo. 

Ninguém além de você sabe quais os seus limites e necessidades. Não respeitar isso, só para ter um match e vir para os EUA mais rápido é a maior "burrada" que eu já vi. 

Exemplo: 

Menina ama ter uma vida social agitada e ODEIA viver isolada... prefere cuidar de crianças mais velhas do que babies.  

Familia que entra em contato: 

Familia numero 1:

Estado: O mais remoto dos USA
Cidade: pequena e tradicional. Sem muitas Au Pairs na área
Cidade grande mais próxima: 2 horas dirigindo. 
Schedule: Trabalha todos os fds e dias off serão durante a semana (excluindo o único fds por mês que é a regra do programa). Porém trabalha o maxímo de 30h/semana
Curfew: 10pm quando for trabalhar no dia seguinte e 12pm quando off no dia seguinte. 
Carro: Compartilhado com a mãe, porém não pode dirigir em freeway ou dormir fora enquanto está com o carro. Não precisa pagar o gas após usar. 
Kids: 1 baby 3 months old. 
Vai ter um quarto grande e um banheiro exclusivo no basement.
Pet: None

Familia numero 2: 

Estado: Um dos estados famosinhos entre as au pairs como "Estados Perfeitos"
Cidade: Grande e com várias Au Pairs na região.
Schedule: 45h/semana e todos os fds off.
Curfew: No
Carro: velho, mas exclusivo para a Au Pair. Precisa pagar o gas. 
Kids: 4kids (12y.o, 10 y.o, 7 y.o and 3 y.o) 
Vai ter um quarto menor do que o oferecido pela familia anterior e banheiro própio, porém, os mesmo se localizam no mesmo floor que o resto da familia. 
Pet: 2 dogs. 


Após as entrevistas com as duas familias, a menina precisa se decidir, pois, ambas querem o match.

Aspirante a au pair analizando a situação: "Familia numero 2 tem 4 kids, e tem que pagar gas e meu quarto fica ao lado do quarto das kids. Que horror, tem que trabalhar 45 horas?! De jeito nenhum... Uma criança só é bem melhor e vou ter minha privacidade, também não vou precisar pagar por gas quando usar o carro. Sem contar que durante a entrevista com a familia numero 1 a HM foi um doce e fez piadinhas e o baby estava quetinho, já a HM da familia número 2 foi mais profissional e eu pude ouvir as crianças going crazy enquanto nós conversávamos. Outro detalhe, a familia numero 1 não tem pets, já a 2 tem... eu aposto que vou acabar cuidando dos dogs tbm. 
Com certeza o fato da HM número 1 ter ficado tão confortavel durante nossa conversa é por que tivemos o feeling... eles são a familia perfeita. Vou fechar com a familia numero 1". 

Após dois meses trabalhando com essa familia, a menina realmente acha que apenas uma criança e 30/horas semanais é "fácil",mas super boring porque o baby não fala e só dorme. Porém, o isolamento, o número limitado de amigas e o fato de ter um schedule totalmente oposto das duas únicas au pairs na região, ou que o único lugar "badalado" da cidade fica a 30 minutos dirigindo da casa, faz com que a menina se sinta deprimida e homesick, refletindo no trabalho e fazendo com que a qualidade do que ela precisa fazer decaía, com isso a HF comece a se questionar se esse foi o melhor match. Após algumas semanas sem nenhum melhoria o resultado é REMATCH. 

Foi culpa da família? Não... eles foram bem honestos sobre todas as circunstâncias.
Foi culpa da menina? Sim... Ela era a única que sabia quais são as suas necessidades pessoais e, mesmo assim, levou em consideração apenas uma parte de tudo que o programa de Au Pair tem a oferecer e aceitou fatores que ela sabia que não iam suprir suas necessidades pessoais. 
Não enxergar o programa de Au Pair como um todo é um erro muito comum e que pode ter resultados frustrantes e ruims. 

Eu sei que muitas vezes as familias não são 100% verdadeiras durantes as entrevistas, mas muitas são. Porém existem fatores que não vão mudar, mesmo se a familia não está falando a verdade. Esses fatores são: localização, clima, quantidade de au pairs na região, transporte público, quantidade de escolas por perto, etc.

Com toda certeza, o trabalho é a parte mais importante do programa. Você vem para cá para isso. Mas não é a única parte. A família tem que ser um "pacote completo" para as suas necessidades. Nem sempre a família que tem menos kids, ou que te oferece o melhor quarto e banheiro, ou o carro, etc, é a melhor. A melhor família é aquela que pode te oferecer as melhores opções para que você consiga suprir as suas necessidades pessoais e respeitar os seus limites. 

Se você gosta de estudar e quer focar nisso depois do trabalho, escolher uma familia que mora em uma região que tem apenas uma opção de escola, e que, a mesma só oferece cursos que não te interessam, vai te causar uma frustração. A mesma coisa acontece se você odeia frio e escolhe uma familia que mora nos estados mais gelados dos USA. 
É lógico que excessões existem, mas normalmente quanto mais necessidades pessoais deixam de ser supridas, mais frustrações aparecem e isso é quando os problemas acontecem. 

Familias perfeitas não existem, mas escolher aquela que supre o maior número possível das suas necessidades pessoais já é meio caminho para ter uma boa experiência como Au Pair. 
Pare de mentir para si mesma e negue a familia se precisar. Ser verdadeira sobre suas necessidades ajuda muito. 

Erro número 3:

Escolher ser Au Pair pelos motivos errados. 

Eu sei que esse programa é a forma de intercâmbio mais barato no mercado. E que o número de pessoas que sonham em ter a experiência de viver em um país diferente é enorme. 
Mas negar qual é o principal foco do programa só para viver essa internacional experiência é errado. 

O programa de Au Pair é focado no cuidado de crianças e ponto. Eles não estão preocupados se você que estudar, viajar, fazer amigos, casar, whatever... você vem para cá para cuidar dos pequenos da sua HF. A parte que eles falam que isso é um programa de trabalho e estudo é uma mentira. 
O programa é vendido para a HF como cheap childcare e só. A parte do "estudo", na minha opinião, só foi acrescentado para nos convencer que esse é um programa regular de intercâmbio e que nÃo estamos vindo para cá só para ser babás. 
Os cursos que podemos fazer tendo o visto J1 são limitados. Pela minha experiência, TODOS os cursos que eu queria fazer que eram da minha área de formação ou que podiam me dar créditos para a faculdade, não aceitavam pessoas com J1 visa. Os cursos que aceitam o J1 são os Continuing Education, que normalmente tem uma duração bem curta, conteúdo acadêmico limitado e são caros. 

Outro exemple é não gostar de cuidar de crianças e mesmo assim decide ser au pair só para poder vir para cá... Tenho vontade de bater nessas pessoas. Se não gosta de crianças, como você acha que sua vida vai ser fazendo isso por um ano ou mais? Acho isso muito egoísta, porque as crianças, por mais terríveis que sejam, merecem o melhor que a gente tem a oferecer.

Se a parte que você menos gosta em ser Au Pair é a parte de cuidar de crianças, isso é a prova que você tinha os motivos errados ao escolher esse programa. 

Trabalhe duro e junte dinheiro e venha como turista, estudante ou escolha qualquer outra opção de intercâmbio de trabalho, ou se você faz faculdade em algum curso da área de ciências aplique para o "Ciências sem Fronteiras", mas NÃO escolha o Au Pair, por que isso vai acabar dando errado.     

Erro número 4: 

Aceitar fazer coisas fora das regras do programa.

Esse foi um dos erros que eu pessoalmente cometi. 
Horas extras são um ótimo exemplo desse erro. Não é segredo para ninguém que as meninas fazem coisas extras e, na maioria das vezes, recebem por isso. 

Recebendo ou não recebendo pelos extras, isso é errado. E só após o meu programa acabar é que eu pude entender isso. 

As regras do Au Pair program foram feitas para que ambas as partes possam aproveitar o máximo que o programa tem a oferecer. Não nego que a maioria das regras feitas beneficiam as familias, mas, ao concordar quebrar as únicas regras que te beneficiam é a mesma coisa que assumir e aceitar que desse jeito está bom e que as familias realmente podem ir além dos limites porque nós aceitamos isso.

Eu acredito que muitas famílias abusam das meninas porque, históricamente, nós aceitamos. É comodo para as familias terem apenas uma pessoa que supre todas as necessidades de childcare e/ou housecare. Eles sempre vão testar os limites para ver até onde eles podem ir. 
Da mesma forma que nós Au Pairs conversamos entre nós sobre nossas experiencias, o que as familias fazem para a gente, etc, as familias fazem o mesmo. Elas conversam entre elas sobre o extra que a au pair fez, ou a overnight, ou a faxina... Dessa forma abre-se uma "porta" para que a outra familia ache que isso é normal e aceitável, então eles também podem esperar isso da au pair que está trabalhando para eles no momento. Principalmente familias que já tiveram mais de uma au pair. Se a primeira trabalhava 60 horas por semana, pode ter certeza que a familia vai esperar isso da segunda au pair... e assim por diante. É um grande ciclo ruim e que faz com que muitas meninas entrem em rematch. 

Isso aconteceu comigo. Minha primeira familia me pediu horas extras, eu aceitei. Recebia $10/h. Porém, trabalhar de 50 a 55 horas por semana é muito cansativo, e depois de muitos problemas, quando eu decidi que não faria mais horas extras, minha HM disse que eu não tinha opção porque eles me pagavam por isso. Eu fiquei presa a uma situação exaustiva e que não me fazia feliz. O meu empenho para o trabalho caiu e somando com outras coisas que eles fizeram e com a minha infelicidade naquele momento, tudo explodiu em uma grande briga e eu pedi rematch depois de 9 meses. 
As horas extras não foram o único ou mais forte motivo para o meu rematch, mas os fato de eu estar tão cansada e ter os meus limites desrespeitados foram um fator bem pesado para a briga que trouxe todos os problema a tona e resultou no meu rematch.

(Lembrando: Essa é a minha opinião)

Erro número 5:

Ficar calada.

Acho que esse é um dos maiores problemas entre as Au Pairs Brasileiras. 

Aceitar tudo que fazer para a gente, todas as regras quebradas, todas as injustiças e ficar caladas. 
Reclamar no grupão que algo ruim está acontecendo, mas não falar com quem realmente pode fazer algo a respeito disso, não vai mudar ou ajudar a situação em nada. 

O medo de enfrentar a situação e falar é grande e eu já passei por isso também. Achar que a LCC nunca está do nosso lado, ou que rematch é praticamente uma sentença de morte ou que não temos ninguêm aqui do nosso lado, normal mas é errado. 

Exemplos de situações que as meninas se submetem a passar e que não negam e/ou comunicam a agencia:

  • horas extras;
  • overnights;
  • cuidar de bebes até 3 months old sem a supervisão de um dos pais;
  • ter a privacidade invadida;
  • não ter comida fornecida pela familia;
  • não serem comunicadas a respeito de câmeras na casa;
  • abuso psicológico e/ou físico;
  • ser a única Au Pair em uma casa com mais de 4 kids e ser responsável por todas;
  • não ter o meio de transporte/gas fornecido (pago) pela familia para ir e voltar das classes que estiver fazendo como au pair;
  • Não ter um quarto exclusivamente da au pair;
  • abuso de poder e/ou autoridade; 
  • não ter um dia off e meio por semana;
  • não ter um full weekend por mês. 
  • não contar como horas trabalhadas durante a nap das kids (no caso você for a única pessoa na casa com as kids).
Essa é uma lista extensa e, na maioria das vezes, as meninas nem sabem que isso são regras e que deveriam ser cumpridas. 

Aprender a respeitar os seus limiter e a se impor é o primeiro passo para não cometer esse erro. 

As conversar sobre problemas devem ser direcionadas primeiramente para as HF, se não tiver resultado, o caso deve ser levado até a LCC, depois a Coordenadora do estado e, se ainda assim, o caso não for resolvido, você pode entrar em contato com a Coordenadora geral. Essa ultima é a "chefona" que trabalha na sede da agência que você veio. Os contatos para essa pessoas estão todos no seu Au Pair room. 
O programa de Au Pair é regulamentado pelo Governo Americano. Isso significa que também podemos recorer a polícia ou fazer uma denúncia pública ou recorrer ao setor de imigração se necessário. Outro meio de denunciar algum problema grave que está acontecendo com você aqui e que não está sendo tratado pela agência é uma denúncia formal para a embaixada Brasileira. 

Se acomodar e aceitar ser a vítima só porque você se aceitou como tal, é errado, humilhante e não ajuda em nada.  
Como brasilieros, estamos acostumados a nos conformar... mas já que estamos num país estrangeiro, nada melhor do que deixar velhor hábitos ruins para trás! 

Quanto mais meninas aprenderem que ficar quietas não é a melhor forma de agir, e que, as injustiças só vão acabar quando as Au Pairs começarem a colocar a boca no mundo e apontarem os problemas, o programa de au pair vai ser perfeito.
Eu sei que tem a "lenda" de que as agências beneficiam as familias porque, eles são os que trazem o dinheiro, mas, se as agências começarem a perceber que as candidatas e familias preferem agência X e não a Y porque a agência X tem a fama de negligenciar as au pairs, eles vão ter que tomar uma atitude. Por que não se faz programa de Au Pair sem familia, mas, quem dá o nome ao programa somos nós, então está na hora de aceitarmos que somos sim uma parte importante disso (se não a mais importante), e que sem nós esse programa também não existe.  

Erro número 6:

Não manter provas a seu favor em caso a familia estiver quebrando alguma regra.

Esse foi outro erro que eu cometi. 
Após a briga com a minha primeira família, minha ex HM ligou para a minha LCC e contou a versão dela do que tinha acontecido e negando ter quebrado qualquer regra do programa. 
Foi muito dificil para eu provar que eu estava falando a verdade, pois, não tinha nenhuma prova física disso. 
Não tinha e-mails, ou texts, ou depósitos bancários, ou algo escrito a mão pelos meus hosts, videos com datas,etc. Absolutamente nada! 
Minhas horas extras eram pagas em dinheiro, meu schedule era de boca-a-boca, e assim por diante. 

Schedule digitados e imprimidos, sem nada que prove que foi seus hosts que fizeram, não provam nada, pois, eles podem alegar que você forjou isso. Conversar por telefone ou pessoalmente também não provam nada se não forem gravadas.
Pode ter certeza que as familias vão ter várias provas contra você se caso precisarem. Então salvar coisas que podem ser usadas ao seu favor em caso precise, nunca é cuidado de mais.



Bem, esse posta já está ficando gigantesco. 
Esses são só alguns erros que eu cometi e/ou observei durante meus dois anos como Au Pair. Existem outros, mas vou salvar para um outro post. 

Lembrando mais uma vez, tudo aqui é referente ao MEU ponto de vista. Uma opinião completamente pessoal e baseada nas minhas experiências, morando no estado de Washington e tendo passado por duas familias completamente diferentes uma da outra. Sinta-se livre para compartilhar a sua experiência e pontos de vista nos comentários. 

A Au Pair só vai ser a parte mais fraca dessa equação enquanto continuarmos aceitando esse posição. Respeite seus limites, imponha-se, respeite as regras do programa, venha pelos motivos certos, seja sincera e aceite qual é o verdadeiro objetivo do Au Pair... assim você já vai estar meio caminho andado para ter uma experiência extraordinária.  

Espero que gostem e comentem!!

Até mais :-*